RCC - Renovação Carismática Católica

[a=1][c=4][i][b]クルクル__"✪Ќўľė ℛӧѳйήέϔ✪__"Feliz quem fala conforme o Espírito Santo lhe inspira e não conforme o que lhe parece."__JeSuS ṃeúh SeNhOr__™❶[/b][/i][/c][/a][B]

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Quem Sabe um Dia

Quem Sabe um Dia
Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!

Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!

Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!

Um dia
Um mês
Um ano
Um(a) vida!

Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois

Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois

Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois

Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois
 
Mario Quintana

Vida

Vida

Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.

Amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!

Viva!!

Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é muito para ser insignificante.
 
Augusto Branco

HOJE É TEMPO DE SER FELIZ!

HOJE É TEMPO DE SER FELIZ!

 A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver.

Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existencia as mais diversas formas de sementes.

Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós,será plantação que poderá ser vista de longe...

Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!"

Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura.

Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos!

Infelicidade, talvez seja o contrário.

O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã!

Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas.

Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores...

Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.

Cuidado com os amores passageiros... eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam...

Cuidado com os invasores do seu corpo... eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem...

Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar... eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena...

Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade...

Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos... elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo.

Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo.

Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz.

Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida.

Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito...

A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..."

Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões.

Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma.

Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu pra duvidar... (?)
 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Ciências humanas

Ciências humanas

 

As ciências humanas ou humanidades são as disciplinas que tratam dos aspectos do ser humano como indivíduo e como ser social, tais como a filosofia, sociologia, ciência política, antropologia, história, lingüística, pedagogia, economia, administração,contabilidade, geografia, direito, arqueologia, teologia, psicologia, entre outros.
Dividida em História, Pedagogia, Antropologia, Filosofia entre outras áreas, as Ciências Humanas tentam desvendar a complexidade dasociedade humana, e analisar o ser humano como indivíduo e como ser social.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dia dos Namorados

Dia dos Namorados

 O Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim[1][2][3][4] é uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais sendo comum a troca de cartões e presentes com simbolismo de mesmo intuito, tais como as tradicionais caixas de bombons. No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de junho. Em Portugal também acontecia o mesmo até há poucos anos, mas atualmente é mais comum a data ser celebrada em 14 de Fevereiro.

História

A história do Dia de São Valentim remonta a um obscuro dia de jejum tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.
O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.
Além de continuar celebrando casamentos, ele se casou secretamente, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.
Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.
Outra versão diz que no século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar o Dia de São Valentim como a união do Dia dos Namorados. A data foi adotada um século depois nos Estados Unidos, tornando-se o The Valentine's Day. E na Idade Média, dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta do(a) amado(a).
Atualmente, o dia é principalmente associado à troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa. Estima-se que, mundo fora, aproximadamente mil milhões (Portugal) (um bilhão no Brasil) de cartões com mensagens românticas são enviados a cada ano, tornando esse dia um dos mais lucrativos do ano. Também se estima que as mulheres comprem aproximadamente 85% de todos os presentes no Brasil.
O dia de São Valentim era até há algumas décadas uma festa comemorada principalmente em países anglo-saxões, mas ao longo do século XX o hábito estendeu-se a muitos outros países.

Data no Brasil

No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de Junho por ser véspera do 13 de Junho, Dia de Santo António, santo português com tradição de casamenteiro.
A data provavelmente surgiu no comércio paulista, quando o comerciante João Dória[5] trouxe a ideia do exterior e a apresentou aos comerciantes. A ideia se expandiu pelo Brasil, amparada pela correlação com o Dia de São Valentim — que nos países do hemisfério norte ocorre em 14 de fevereiro e é utilizada para incentivar a troca de presentes entre os apaixonados.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Um Feliz Dia dos Namorados a todos...
 
by:
Kyle Roonney
2012
 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Corpus Christi - o Amor que seoferece na Eucaristia

"Estamos com a juventude que procura fazer do mundo uma casa para todos."

 Corpus Christi - o Amor que seoferece na Eucaristia

Na Festa de CorpusChristi somos levados a recordar as cenas da Instituição Eucarística. Toda recordaçãoé o gesto de quem traz ao coração aquilo que lhe é muito caro. Por essa razão éfascinante saber que ali no dom do Pão Eucarístico se esconde o tesouro e osmistérios da nossa Salvação. É a lembrança de que o pão significa tudo aquilode que temos fome. Temos fome de amor, de cuidado, de afeto, em uma palavra: deplenitude.

Essa relaçãodo pão com a fome nos ajuda a compreender o cumprimento da promessa em Jesusquando se distingue do maná que os israelitas comeram no deserto. “Em verdade, vos digo: Moisés não vos deu opão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro Pão, porque o Pão de Deusé o pão que desce do céu e dá vida ao mundo. Eu sou o Pão da Vida. Aquele quevem a mim não terá fome, pois o pão que Eu Vos dou é a minha carne para asalvação do mundo” (Jo 6, 32-33; 35; 51).

Em plenodeserto da humanidade, Cristo afirma que pode nos saciar. No deserto do vaziointerior, no deserto dos sentimentos, nos desertos mais secretos e escondidosda condição humana... São nestes desertos que Jesus se faz alimento, nos nutrie nos permiti caminhar. Faz-se alimento, porque refeição é devolução, érestituição daquilo que perdemos. Alimentamo-nos diariamente para devolver aocorpo aquilo que lhe foi subtraído e perdido. Cada refeição é lugar eoportunidade de se restituir. A refeição é tão redentora que alguns encontrosde Jesus se deram pela força do seu desejo de sentar-se à mesa com aqueles queprecisavam ter a Vida Plena devolvida. O prato principal não era material, massim a Vida!

Paraentendermos um pouco mais da beleza da refeição enquanto devolução, encontramosJesus que salva Zaqueu e toda sua família a partir do jantar (Lc 19, 1-10); emBetânia Ele entra na história de Simão, o Leproso (Mc 14, 3), e antes de partirfaz a sua Última Ceia, se sentando à mesa para fazer refeição com seusamigos.  Interessante é que nas duasprimeiras refeições, o Mestre lhes ensina que quando nos sentamos à mesa, nãonos alimentamos tão somente do que está posto sobre ela, mas, sobretudo de quemse serve dela. Alimentamo-nos do olhar, do amor, dos gestos, do afeto, e detudo o que o outro significa. O outro nos nutre, nos devolve, nos restitui...Por isso é edificante nos sentarmos à mesa e fazermos juntos a refeiçãocotidiana. “Comer e beber juntos significaestarmos comprometidos. O banquete não é lugar para saciar somente a fome docorpo, mas também a fome da alma. Ao estar com os que amo para me alimentar, dealguma forma eu os trago para dentro de mim.”

Com osdiscípulos o significado da refeição fica mais claro e ganha um sentido maisredentor, pois ali a Salvação acontece. Jesus se senta à mesa e torna-se arefeição na qual todos os convidados se alimentam. Em Jesus, os desertos dahistória daqueles discípulos dão lugar à vida nova. No Cristo, o VerdadeiroAmor se traduz, e faz o Pão se transformar em Seu Corpo e o Vinho em Seu Sangue. Ali o Amor foi mais revelador que aspalavras porque se estendeu até o Sacrifício do Calvário. Jesus identificou opão que repartia, com a carne que Ele daria para a vida do mundo e o cálice devinho com o seu Sangue Redentor. Somente o Amor é capaz de se fazer tão pequenopara tornar o homem grande. Quando nos alimentamos dele em cada Missa a nossasede de eternidade é saciada. Em cada Eucaristia celebrada a fome da terra é apaziguadapelo Céu. Felizes são os convidados para este Banquete!

Jerônimo Lauricio - Bacharel em Filosofia.
E-mail: jeronimolauricio@gmail.com

Ai de mim!

"É preciso ter fé e crer no Espírito Santo, deixando invadir por sua influência."

"Os filhos não são para os pai: os pais é que são para os filhos."

Ai de mim! 

Graça e paz da parte de Cristo!

Na liturgia de domingo (05.02.12) ouvimos na segunda leitura a carta de Paulo aos Coríntios (1Cor 9,16-19.22-23) onde Paulo nos diz da sua necessidade de Evangelizar e nos dá um alerta: “Ai de mim se não Evangelizar”!

O que Paulo quer nos dizer com isso?

De modo geral, a ação de evangelizar é como uma relação com a divindade, uma missão ligada à transcendência, uma notícia da parte de Deus. O mensageiro é, não raro, visto como um “anjo” de Deus, um embaixador dos céus, alguém que representa, que significa e que traduz uma mensagem do alto.

Evangelizar é anunciar algo novo, diferente, melhor, e, do mesmo modo, cultivar, rever e confirmar o que foi anunciado. Evangelizar é cativar para uma transformação. O vinho novo não pode ser contido por odres velhos (Mc 2,22), por que uma realidade antiga não suporta a novidade. A evangelização causa impacto, admiração e convencimento, pelo conteúdo, forma e testemunho.

Se a missão de evangelizar não é privilégio, orgulho ou ostentação o que será então? Não sendo questão de orgulho, será uma questão de ordem, de obediência ou como ele mesmo afirma, uma necessidade. Quem evangeliza, só evangeliza se promove e edifica profeticamente a comunidade, e por isso, não há compatibilidade com a promoção pessoal, orgulho ou vanglória. Evangelizar em outra ótica também importante, é se pôr à serviço, se entregar. Aquele que diz que fazer algo, no qual não se “ganha” nada, é uma necessidade se entregou profundamente na missão e no mistério do Evangelho.

Quem coloca condições para Evangelizar, me desculpe: não é discípulo, não é nem digno de dizer que é evangelizador! A missão exige sacrifício, doação e entrega, o que constitui a cruz de cada dia. A cruz pode ser o tédio, o cansaço, o desencanto, o sono, a preguiça, o medo, a vergonha, as resistências das pessoas e lugares e todas as dificuldades inerentes à acolhida de uma proposta nova. O discípulo, que agora é um apóstolo, precisa ter claro que assumiu um compromisso, uma responsabilidade e um acordo com Cristo. Não cabe ao evangelizador determinar o conteúdo, o jeito, a hora, o tempo, mas cabe-lhe, cumprir o que lhe foi pedido: “Eis aqui a serva do Senhor”! (Lc 1,38)

“Ai de mim se eu não evangelizar“ é um grito que ecoa ainda hoje, nas igrejas, comunidades e povoados. Este grito não pode ser apagado, abafado ou diminuído, nem mesmo desviado ou coagido a silenciar. Ele precisa ser tão forte e tão claro que possa ir além dos limites geográficos dos povos, e assim, ele possa transformar, pelo Evangelho, os critérios, os valores e o pensamento da humanidade.  O batizado é um evangelizador por vocação. Ele precisa entender sua missão batismal e sua responsabilidade decorrente desta vocação. 

O evangelizador é alguém que, antes de mais nada, precisa saber renunciar: pai, mãe, esposo,filhos … e assumir sua cruz (Lc 14,26-27). Renunciar ao pai, mãe e outras pessoas e coisas, significa deixar em segundo lugar as coisas que fizeram parte até o presente momento de sua história, pois de agora em diante, virá a missão de ser apóstolo. Pedro e André, João e Tiago, seguiram Jesus imediatamente ao seu chamado. Eles não perguntaram pra onde iriam, como iriam e como isso acabaria, somente largaram suas redes e seguiram. Deixaram tudo para trás e foram viver um novo sentido de vida. Qual o sentido da sua? E o você precisa deixar para trás para seguir Jesus incondicionalmente?

Pense nisso! 

Por: FERNANDO LOPES
Arquidiocese de Cuiabá - MT
Coord.Pastoral da Catequese / Ministro Extraordinário da Palavra de Deus / Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística
Email: fernando9183@gmail.com
Facebook: fernando9183

A cruz é sinal de redenção

"Rezar não é pensar muito, mas amar muito."

 A cruz é sinal de redenção


A sexta-feria Santa é o dia em que vemos Jesus de modo humano, tão humano que morre. Morte de cruz.

Cruz que para nós é sinal de redenção, remissão de todos os nossos pecados, sinal de salvação. É o dia em que contemplamos o ato mais grandioso de Amor. Amor do Pai, amor do Filho, amor do Espírito Santo. Jesus se entrega na cruz e carrega consigo todos os nossos pecados, nossas culpas e nossas misérias. 
 
“Não Senhor, não desça da cruz, porque se Tu desceres terei eu que subir”
Jesus não experimentou o pecado, mas experimentou do gosto dele. Jesus ontem ceava com seus apóstolos com o cálice da salvação e agora bebe do cálice cheio da podridão humana. Toma para si neste cálice toda a fraqueza e impureza humana que nos afasta de Deus e que hoje nos faz também dizer: “Pai porque me abandonaste”. O gosto do vinagre bebido por Jesus na cruz é doce perto do gosto amargo do fel do pecado da humanidade. Talvez por isso o Jesus, na sua humanidade, foi tentado a não querer beber. 

Mas o seu amor é maior, e por isso paga com todo o seu sangue, com toda sua dor e todas suas chagas o preço que o pecado nos cobraria. Assim, a Sexta-feira Santa traz consigo um convite à reflexão, onde cada indivíduo repensa sobre seus atos, confrontando com os ensinamentos e com a vida de Jesus. Por isso, a Igreja recomenda fazer jejum e abstinência de carne: para lembrarmos que dependemos de Deus! 

A sexta-feira Santa é o dia da morte de Jesus, mas não do Cristo. Pois o Cristo é a garantia da ressurreição e da nossa libertação tão esperada por todos, principalmente para o povo de Israel que desde o Antigo Testamento se preparava para este momento. Porém,  essa libertação se estende aos dias de hoje a cada pessoa que se confessa discípulo de Jesus. O Senhor Jesus morre, e isso entristeceu aos seus apóstolos da época, mas para nós isso deve ser motivo de expectativa, esperança, expressão de amor. Jesus sofreu e passou por tanta dor para que os cristãos pudessem experimentar o amor de Deus, que entregou o Filho para a nossa salvação. 

Deus por amor, se fez humano para divinizar o homem. E para isso precisou morrer e carregar consigo, como cordeiro expiatório, todos os nossos pecados para nos livrar da morte eterna e assim vencermos a morte como Jesus fez.



Por: FERNANDO LOPES
Arquidiocese de Cuiabá - MT
Coord.Pastoral da Catequese / Ministro Extraordinário da Palavra de Deus / Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística
Email: fernando9183@gmail.com
Facebook: fernando9183

Maria, consoladora dos aflitos

Maria
"Os que começam a fazer oração são como os que tiram água do poço."

 Maria, consoladora dos aflitos

 Diante das cruzes da vida, devemos procurar o colo da Mãe

Toda mãe tem um jeito especial para consolar seu filho. É comum vermos aquela cena do neném chorando no colo dos parentes e amigos. Só o colo da mãe é capaz de fazer a criança parar de chorar e até dormir com aquela sensação gostosa de segurança. Imagino que esta tenha sido a experiência do apóstolo João ao pé da cruz (cf. João 19, 25). Ele devia estar extremamente aflito. Seu melhor Amigo pendia naquela cruz. Pouco antes da morte ele escutara palavras de confiança e dor: “Filho, eis aí a tua mãe; mãe eis aí o teu filho”.

Normalmente imaginamos que com aquele gesto, Jesus pedira que João cuidasse de sua mãe. De fato, foi isso que aconteceu. João levou Maria para sua casa e cuidou dela até o final de sua vida. Mas podemos também inverter a história. Naquele momento, o jovem João precisava muito mais de cuidado do que a Santíssima Virgem Maria. Imagino que ela tenha dito palavras de encorajamento para ele e o tenha consolado em todas as suas aflições. E foi assim durante muitos anos. Logo em seguida, quando os apóstolos se dispersaram por medo de serem perseguidos, Maria o consolava.

Quando estavam no Cenáculo, antes de Pentecostes, Nossa Senhora estava lá. Certamente ela dizia palavras de consolo e fortaleza. O Pentecostes dela já começara em Nazaré. Ela já estava “cheia de graça”. Por isso o céu já vivia plenamente no seu coração. Quem vive assim, pode consolar os irmãos que vivem “gemendo e chorando neste vale de lágrimas”.

Maria consola também cada um de nós em nossas aflições. Quando estamos diante das cruzes da vida, devemos procurar o colo da Mãe. Ali conseguiremos o sono tranquilo de crianças que sabem que estão seguras.

Mas qual seria o consolo da Virgem Maria? Seria uma palavra, um olhar de ternura, uma prece confiante, um conselho de paz, um afago, uma resposta de solução? Tudo isso ela faz, como tem feito nas diversas aparições aprovadas pela Igreja, como as de Lourdes e de Fátima. Mas o principal consolo é “mostrar-nos seu Filho, Jesus”! Certamente foi isso que ela disse a João:

- Filho, Ele voltará… Ele ressuscitará… a morte não pode vencer o amor!

Nomalmente nossas aflições têm alguma coisa a ver com a morte. Quem não tem medo de morrer?

Rezamos, na Ave-maria, que a Mãe Santíssima esteja nos consolando “agora e na hora de nossa morte”. As pequenas mortes de todos os dias costumam nos afligir. Você recebe uma notícia ruim e seu coração fica pálido de tristeza.

Procure o colo da Mãe de toda consolação. Ela apontará para a cruz e dirá:

- Ele não está ali.

Ela apontará para a sua cruz e dirá:

- Com meu Filho você vencerá este momento de aflição. Creia, ame, espere!

Maria aprendeu essa lição quando Jesus se perdeu no meio da multidão, aos doze anos. Foram encontrá-Lo em Jerusalém, no templo, conversando com os doutores da lei.

Ela disse:

- Teu pai e eu te procurávamos aflitos.

Nessa ocasião o Menino os consolou:

- Não sabíeis que devia estar na casa de meu Pai?

Esta é a forma de buscar o consolo. Maria entendeu. Temos que procurar Jesus na casa do Pai. Se você está muito aflito com alguma situação, procure uma igreja; fique um momento em silêncio; consagre seu coração a Virgem Maria. Ela o pegará no colo e o colocará junto de seu Filho, Jesus. Ali não temos mais razão para permanecer com medo ou aflitos. É exatamente isso que diz o Salmo 22: “A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias” (Salmo 22, 6).

Consoladora dos aflitos, rogai por nós!

Padre Joãozinho, SCJ

Saudação a Nossa Senhora

Maria
"A minha vida inteira não foi mais que uma longa busca de Deus."

Saudação a Nossa Senhora

Pouco antes de expirar, no Calvário, Cristo outorgou a Maria a missão de protetora dos homens; ao dizer, na terceira palavra: “Mulher, eis ai o teu filho; “Eis a tua Mãe” (Jô, 19, 26-27).

Momento terno e majestoso: entrega à Maria a humanidade, fazendo dela a Mãe espiritual de todos os homens, eco bíblico e universal.

É o Redentor que designa Maria Mãe dos Homens.
A tarefa dada a Maria sucede, em momento especialíssimo: quando o Calvário se torna o primeiro Templo da Cristandade, protótipo e modelo de todos os templos, que substitui o Templo Judaico do Antigo Testamento. No Calvário, o Redendor une os homens, dando-lhes a própria mãe como mãe de todos, tornando Maria eixo de fé e de esperança.

A missão de Maria principiou no Paraíso, quando Deus falou que a mulher esmagaria a cabeça do réptil, como participante do trabalho salvífico.

No anúncio de Gabriel: “Bendita és Tu entre as mulheres”.

A virgem do anúncio tornou-se mais tarde a “Stabat” do Calvário.

Na visitação, Maria viu-se enaltecida pelo mensageiro do Altíssimo: será chamada bem-aventurada.

Em Caná, Maria realiza publicamente a primeira missão, ao dirigir-se ao Filho e suplicou-lhe intervenção: “não há mais vinho” e, virando-se para os servos: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.
Vinte séculos e Maira intercede, ajuda, suplica e ganha a graça de Deus para todos os homens.

Em Pentecostes, lá está Maria na apresentação da Igreja ao mundo.

No Apocalipse, a mulher misteriosa que tem a lua por escabelo, veste de sol, adornada de estrelas.

Nas crises mais dilacerantes da Igreja, no curso do tempo, aparece Maria, Mãe de Jesus e dos homens, para reconciliar a todos e indicar-lhes os caminhos do céu, Maria de Belém, Maria da travessia para o Egito, Maria de Caná, Maria do Calvário, Maria de Pentecostes, Maria de todos os tempos e de todas as ocasiões.

Quando a Igreja necessita de sacerdotes e de religiosos, Maria alimenta as vocações.

Quando a fé titubeia, Maria aparece para fortalecer.

Com inarredável procedência, alinhou ALVES MENDES, notável orador lusitano:
“Descerra-se no céu das nossas crenças essa Imaculada, resplendor eterno do eterno sol, que por entre negrumes da vida, nos instila n’alma os mais vividos lampejos da perfeição sobrenatural e nos infiltra no peito as mais deliciosas esperanças da proteção divina”(“Discursos”, pág. 204).

Maria, concebida sem pecado, sobrepõe miraculosamente à grinalda de virgem a coroa de Mãe; torna-se lucido assento e formoso habitáculo ao verbo Divino; vê nascer de seu límpido seio o criador como se fora produção da criatura; desentranha de si, feito homem, o Filho de Deus, que vinha redimir os homens; e, sobre-angélica, inigualável, singular, mais pura que a estrela, mais nítida que a neve, mais bela que a flor, varre os miasmas do erro, saneia as feridas do mal, ilumina as inteligências, virtualiza os corações, sublima a fé, sobredoura a esperança, constela a caridade e, vencendo os abismos tenebrosos rasgados pela culpa primitiva, levanta-se, colosso de graça e santidade. (idem, p. 205).

Maria, que magnitude! Toma o globo inteiro. Que altura! Chega da terra ao céu no mistério da Assunção. Que majestade! Enche toda a História. Que moldura! Cerca todos os povos nas imensas amplidões do espaço, enquadramento estupendo, harmonioso, concordantíssimo de todos os séculos, de todos os continentes, de todas as gerações, da humanidade toda!

Maria que, em hebraico, significa estrela do mar, estrela de incomensurável grandeza, estrela bonançosa, estrela propícia que, por entre as caliginosas tormentas da terra, nos transmuda em  suavíssimas influições do céu.

Maria, virgem do anuncio de Gabriel, Mãe do presépio, confiante em Caná, dolorosa na “via crucis”, Mãe do Calvário e Rainha do Cenáculo!

Maria realizou o prodígio dos prodígios: gera o Ingenito, cria o Increado, concretiza o Incompreensível, temporifica o Eterno, consubstancia o Imortal, limita o Imenso, penetra o Insondável e localiza o Infinito.

Maria é luz coada pelo éter celestial, esbatida pelos angélicos,  misteriosa, saneantíssima que, nas suas rutilações, nos envia calor e magnetismo e no magnetismo fortaleza, na fortaleza expansão, na expansão a vida, na vida  luz que eterniza todas as grandezas, luz que transfigura as almas e vaporiza as lágrimas.

Fato histórico relevante testemunha a mediação de Maria. Em 1570, o poder otomano agride a Europa, caindo reinos e tronos, uns após dos outros. Quando tudo parecia devastar o continente, Pio V invoca a proteção de Maria, em alarma dilacerante, dando-lhe o titulo de “Auxilium christianorum”, no que foi atendido, salvando-se a civilização crista do fatalismo oriental.

Maria, companheira inapartável, que recebe diversos nomes, de concerto com as circunstâncias: Maria de Nazaré, Imaculada Conceição, Dores, Piedade, Paixão, Auxiliadora, Assunção, Parto, Visitação, Carmo, Luz, Mercês, Navegantes, Lourdes, Fátima, Guadalupe, Aparecida, Sallete, Mãe dos Homens, Rainha do Céu e da Terra.

Maria aceita a missão, no anúncio do anjo, por isso ela oferece a Deus, com suas puríssimas mãos, a hóstia de propiciação pelas iniqüidades do gênero humano e oferece o Filho, entre lágrimas, angústias e sofrimentos.

Por obséquio disso, Maria se tronou a mais nobre criatura humana, plenitude da perfeição, plenitude da santidade, plenitude sobrenatural.

O amor de Maria a Deus é incomparável, maior de todos, acima dos anjos, dos santos, dos apóstolos e dos mártires.

Maria, Mãe dos homens, eterna Mãe, que se não acaba como as nossas mães, das quais recordamos no gemido de saudade, mas mãe que nos acompanha eternamente, seja na terra, seja no céu.

A maternidade de Maria é singular: não começou em Nazaré, porque iniciada antes dos tempos; não terminou no Calvário, porque é eterna.

As lágrimas de Maria misturam-se com o sangue teândrico de Cristo, para a salvação da humanidade, daí ser co-redentora.

Maria cooperou com a obra messiânica de Cristo, tornando-se o único tabernáculo humano. Deu sangue e deu carne ao corpo do Redentor. E isso é mistério, inatingível pela nossa razão. Tão nobre e tão elevada a participação de Maria no processo redentivo que se tornou “Sacerdo Virgo”.

Em síntese, definitiva e inarredável, Maria cupulisou a grandeza do seu destino e assumiu o coronal de sua importância histórica.

Ave, Maria!

Autor: Des. Lúcio Urbano Silva Martins
Ouvidor-Geral do Estado de Minas Gerais