"É preciso ter fé e crer no Espírito Santo, deixando invadir por sua influência."
"Os filhos não são para os pai: os pais é que são para os filhos."
Ai de mim!
Graça e paz da parte de Cristo!
Na
liturgia de domingo (05.02.12) ouvimos na segunda leitura a carta de
Paulo aos Coríntios (1Cor 9,16-19.22-23) onde Paulo nos diz da sua
necessidade de Evangelizar e nos dá um alerta: “Ai de mim se não
Evangelizar”!
O que Paulo quer nos dizer com isso?
De modo geral, a ação de evangelizar é como uma relação com a
divindade, uma missão ligada à transcendência, uma notícia da parte de
Deus. O mensageiro é, não raro, visto como um “anjo” de Deus, um
embaixador dos céus, alguém que representa, que significa e que traduz
uma mensagem do alto.
Evangelizar é anunciar algo novo, diferente, melhor, e, do mesmo modo, cultivar, rever e confirmar o
que foi anunciado. Evangelizar é cativar para uma transformação. O
vinho novo não pode ser contido por odres velhos (Mc 2,22), por que uma
realidade antiga não suporta a novidade. A evangelização causa impacto,
admiração e convencimento, pelo conteúdo, forma e testemunho.
Se a missão de evangelizar não é privilégio, orgulho ou ostentação o
que será então? Não sendo questão de orgulho, será uma questão de
ordem, de obediência ou como ele mesmo afirma, uma necessidade. Quem
evangeliza, só evangeliza se promove e edifica profeticamente a
comunidade, e por isso, não há compatibilidade com a promoção pessoal,
orgulho ou vanglória. Evangelizar em outra ótica também importante, é
se pôr à serviço, se entregar. Aquele que diz que fazer algo, no qual
não se “ganha” nada, é uma necessidade se entregou profundamente na
missão e no mistério do Evangelho.
Quem coloca condições para Evangelizar, me desculpe: não é discípulo,
não é nem digno de dizer que é evangelizador! A missão exige
sacrifício, doação e entrega, o que constitui a cruz de cada dia. A
cruz pode ser o tédio, o cansaço, o desencanto, o sono, a preguiça, o
medo, a vergonha, as resistências das pessoas e lugares e todas as
dificuldades inerentes à acolhida de uma proposta nova. O discípulo,
que agora é um apóstolo, precisa ter claro que assumiu um compromisso,
uma responsabilidade e um acordo com Cristo. Não cabe ao evangelizador
determinar o conteúdo, o jeito, a hora, o tempo, mas cabe-lhe, cumprir
o que lhe foi pedido: “Eis aqui a serva do Senhor”! (Lc 1,38)
“Ai de mim se eu não evangelizar“ é
um grito que ecoa ainda hoje, nas igrejas, comunidades e povoados. Este
grito não pode ser apagado, abafado ou diminuído, nem mesmo desviado ou
coagido a silenciar. Ele precisa ser tão forte e tão claro que possa ir
além dos limites geográficos dos povos, e assim, ele possa transformar,
pelo Evangelho, os critérios, os valores e o pensamento da humanidade.
O batizado é um evangelizador por vocação. Ele precisa entender sua
missão batismal e sua responsabilidade decorrente desta vocação.
O evangelizador é alguém que, antes de mais nada, precisa saber renunciar: pai, mãe, esposo,filhos … e assumir sua cruz (Lc
14,26-27). Renunciar ao pai, mãe e outras pessoas e coisas, significa
deixar em segundo lugar as coisas que fizeram parte até o presente
momento de sua história, pois de agora em diante, virá a missão de ser
apóstolo. Pedro e André, João e Tiago, seguiram Jesus imediatamente ao
seu chamado. Eles não perguntaram pra onde iriam, como iriam e como
isso acabaria, somente largaram suas redes e seguiram. Deixaram tudo
para trás e foram viver um novo sentido de vida. Qual o sentido da sua?
E o você precisa deixar para trás para seguir Jesus incondicionalmente?
Pense nisso!
Por: FERNANDO LOPES
Arquidiocese de Cuiabá - MT
Coord.Pastoral da Catequese /
Ministro Extraordinário da Palavra de Deus /
Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística
Email: fernando9183@gmail.com
Facebook: fernando9183